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Carisma e Espiritualidade

O Espírito Santo é quem suscita os novos carismas na Igreja, e esta, com cautela e sabedoria, reconhece os desígnios de Deus na história e acolhe no seu seio as novas instituições. No decreto de aprovação pontifícia da Sociedade Virgo Flos Carmeli, do dia 21 de abril de 2009, são definidos o carisma e a finalidade da instituição de modo claro e conciso. Eis alguns trechos:

O Rei dos reis e o Senhor dos senhores suscitou na Igreja a Sociedade Clerical de Vida Apostólica Virgo Flos Carmeli, […] graças à intuição e ao zelo evangelizador de Mons. João Scognamiglio Clá Dias, EP. 

A Sociedade nasce em meio a uma amorosa e pertinaz catequese sobre a Igreja e o Romano Pontífice, como também a respeito da importância da sacralização, em toda extensão do possível, dos valores da vida temporal.

Sempre procurou ela promover em seu seio, desde os primórdios, a esmerada prática da virtude da fortaleza – sobretudo na defesa da ortodoxia, da pureza dos costumes e do espírito de hierarquia –, assim como reavivar em todos os homens a distinção entre o bem e o mal, especialmente através do pulchrum, nas suas mais diversas formas de apresentação.

A mencionada Sociedade surgiu como verdadeira nova militia Christi em razão da disciplina de vida dos irmãos, do seu elevado espírito de fé no triunfo da Santa Igreja, com base na inteira entrega a Jesus Eucarístico através da maternal intercessão da Santíssima Virgem Maria, devoções ardorosas e fundamentais, às quais se acresce uma profunda submissão ao Romano Pontífice e à Hierarquia.

 

Os clérigos da Sociedade, no exercício de seu ministério, têm especial dever de prestar os auxílios espirituais, sobretudo o anúncio da Palavra de Deus e a administração dos sacramentos, a todos os fiéis e, em particular, àqueles irmãos que compartilham o mesmo carisma.

Conselhos evangélicos

Para realizar a união entre vida interior e a magnitude da ação exterior, os membros da Sociedade Virgo Flos Carmeli se empenham de modo particular em observar fiel e integralmente os conselhos evangélicos de castidade, pobreza e obediência, por meio de votos privados feitos nas mãos do Superior Geral, esforçando-se assim para alcançar a perfeição de seu estado.

Castidade consagrada

O amor de Maria ao dom da pureza virginal, patente no episódio da Anunciação, é o modelo de vida de celibato dos membros de Virgo Flos Carmeli, que querem conservar a castidade como um grande tesouro. A castidade, guardando a perfeita continência no celibato, é vivida como ato de amor indiviso a Jesus Cristo e à sua Igreja.

Pobreza evangélica

Contemplando a Jesus Cristo que, sendo rico, para nós se tornou pobre, para que nos enriquecêssemos mediante sua pobreza, assim, os membros da Sociedade levam uma vida de pobreza pelo Reino dos Céus, usando os bens deste mundo como sendo propriedade do Senhor, sabendo que isso os tornará dóceis para ouvir a voz de Deus na vida ordinária.

Obediência

Tendo ante seus olhos a figura do Rei da glória, que, por amor a nós homens, “humilhou-se a Si mesmo, e foi obediente até a morte, e morte de cruz” (Fl 2,8), este divino exemplo de humildade e obediência leva-os a se consagrarem como escravos de amor a Ele, a Sabedoria encarnada, pelas mãos de sua Mãe, Maria, segundo o método ensinado por São Luís Maria Grignion de Montfort.

Como a seu Guia e Mestre supremo, os membros da Sociedade se submetem ao Santo Padre, Vigário de Jesus Cristo na terra. Atuam sempre em comunhão com os bispos, aos quais devem obedecer com piedosa submissão e respeito no que concerne ao culto público, à cura das almas e às obras de apostolado. 

E dentro da Sociedade, os Superiores são acatados com obediência amorosa em tudo o que se refere à vida interna e à disciplina.

O hábito da Sociedade

O hábito próprio da Sociedade Virgo Flos Carmeli é uma das mais pulcras expressões do carisma e espiritualidade da instituição, a fim de seus membros, na vida quotidiana, serem testemunho constante e visível da presença da Igreja neste mundo secularizado.

Dessa forma tem-se sempre ante seus próprios olhos, através da simbologia do hábito, o alto ideal da vocação para a qual foram chamados por Deus.

Os elementos essenciais do hábito são:

O escapulário marrom, de inspiração carmelitana e que lembra sua espiritualidade profundamente marial; com o capuz, que convida à contemplação; e com uma cruz semelhante à de Santiago, dividida nas cores branca, vermelha e dourada, significando a pureza ilibada, a disposição a todos os sacrifícios exigidos no serviço da Igreja, e a nobreza do ideal.

A corrente que lhes cinge a cintura atesta sua escravidão de amor à Santíssima Virgem, e o rosário, pendente do lado direito, é a arma eficaz no combate ao mundo, ao demônio e à carne. As botas, segundo determinação do fundador, simbolizam a disponibilidade para empreender qualquer missão evangelizadora.

Os sacerdotes e diáconos da Sociedade usam túnica marrom, gola, colarinho e mangas clericais, denotando sua condição de membros da Sagrada Hierarquia; assim como as chaves pontifícias sobre o escapulário, em sinal de união afetiva e efetiva à Cátedra de Pedro.